quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

3 amigas

"O que não tem solução, solucionado está"

Certa vez essa foi a conclusão de uma intensa conversa entre 3 amigas.
Será que há como desdobrar a frase?
Pensei que sim agora pouco enquanto as 3 mesmas amigas conversavam sentadas num banco da praça- como é gostoso ir num lugar simplesmente diferente e comum-
Mas voltando ao assunto das amigas,
elas conversaram sobre uma coisa séria.
Muito séria e ao mesmo tempo tão fugaz.
E enquanto conversavam, elas olhavam para dentro de si. E colocavam um bocadinho de si na conversa.
Foi proveitoso.
Pode ter sido desastroso.
E foi deixado em aberto.

é, na grande maioria das vezes, o que não tem solução solucionado está.
Dar mil voltas para achar uma solução, não é a melhor forma de solucioná-lo.
SIM, um problemanem sempre é um problema. Nem sempre precisa de solução.Nem sempe a solução está no problema. Acredito que ela está em como você VÊ e ACEITA os fatos.


Greve de fome.
Não-alimentar.
Não alimentar.

Você sabe o que isso significa?
Nem eu!
Não há razão.
Mas vou achar uma razão nesse "sem" razão.

Tchau.
Boa noite
Durma bem.

Preciso ser eu.

Contradição.
e eu ainda não fui.
Agora sim.
Tchau.

e não peça nenhuma palavra.
Nem a mais, nem a menos.

Por que não consigo durmir e fico travando diálogos com uma máquina?
Odeio máquinas.
Eu não sou máquina.
tenho sentidos e sentimentos
como pessoas.
Ai, pessoas.
Ai, sentidos
Ai, sentimentos
Melhor ir deitar.

E sonhar que sou uma máquina.

Ansiedade

Ansiedade. Ansiedade
Roer unhas, inqueitar as pernas, esquerda, direita com os olhos... e eles.
Te procurar.
Te ver.
só pra sentir você no mesmo lugar.
Te abraçar, te beijar, te tocar... não importa.
Isso não é o que eu preciso.
Já percebi isso.
Mas por que minha garganta parou ontem?
Ódio.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ano novo

Acredito no sol
Acredito na força do sol,
Significado
E na sensibilidade que produz.

Pôr-do-sol.
Beleza incomum
Sensação incapaz de apagar de mim.
Cores fortes...
força.
Muita força.
É preciso tê-la pra morrer.
Pra ir embora
e dar lugar a outra luz,
a lua.

"Eu preciso ir" ele diz.
E vai.
Coragem.

Por que sabe que vai renascer...
que pode modificar,
ser mais intenso, menos intenso.
Depende da situação
-eu sei que ele consegue dominá-las-
e o melhor, vai resurgir
mais esperado
em outro dia de sol.

Nascer do sol:
Suspiro.
Vitória.

Passagem de ano
deveria ser assim.

Fecho os olhos...
e...e...


Idealizo.
Acredito.


Período de insônia voltou.
Tô perdida agora.

domingo, 23 de dezembro de 2007

15 minutos atrás...

TRAVA
TRAVA
TRAVA
TRAVA
TRAVA
TRAV
TRA
TR
T
.

Tentativa de desfazer o nó

Se eu conseguisse colocar em palavras
tudo o que estou pensando, sentindo e agindo
eu seria mágica.

Não sei o que eu estou pensando.
Pensamentos sobre tudo.
Pais, amigos...
profissão...
decisão.
Não sei.
Eles surgem e somem
sozinhos.
Em segundos.
e eu não percebo, e não me recordo...
E volta toda a confusão.

Vontade de organizar tudo.
Colocar em caixinhas.. gavetinhas...
para eu abrir só, e somente mesmo,
quando eu precisar.
Apesar que eu acredite precisar sempre..
mas só eu no mundo acredito isso.
E fico sozinha.

Quando as ações,
as minhas são as mais inúteis.
Ah! como eu odeio ser inútil.
Faço sem pensar.
Falo sem pensar.
Decido sem pensar.
vou sem pensar.
permaneço sem pensar.
tudo é sem pensar.
Agir é diferente de pensar.

meu maior valor foi descartado.
Despido de sua importância
na frente de algo que de qualquer forma existirá.
Agir e pensar.
Pensar, pensar, pensar...
Mas quando o agir aparece, ele desaparece.
Dilacerado, cortado e abandonado.

Eu sou uma pessoa.
não posso só pensar.
Preciso agir.
e falho na hora de uní-los.

Nó na garganta.
Nó-na-garganta, nó na garganta
nó na garganta
nóoo na garganta
nóoooo na gargaanta
nóóóóóóóóó na gargaaaaaaaaaaaaaaaaaantaaaaaaa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

estrada

Moral da história: intimidade

Conhecer, e reconhecer.

Viajar, rir, gargalhar.
fotografar.. parar.. correr... comer...
dirigir, dormir... festar..
se aventurar.
Inventar, inovar, e acreditar

cinco pessoas,
mil e muitos quilômetros
trezentas fotos, dezenas de vídeos

Inédito!
E inesquecível

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pseudo nome, para alguém que gosta da flor de cima do montanha.. de um lugar longe.

Esconder-se atrás de um nome
é certo?
Não há certo, nem incerto nisso.

Não assumir coisas que escreve é fraqueza ( sim, eu sou fraca como qualquer ser humano)
Não assumir quem você é fraqueza maior.
Por isso ainda tenho dúvidas.
Você é alguém, você se esconde através de um nome.
Mas você é esse nome.
ele nao é seu pseudonimo.
Ele é você.

Não criei um, por que nenhum entrou em mim, nem eu quis entrar em nenhum.
Nada fluiu para que assim fosse.
E essa brincadeira de Maria Emília, e disso veio o açucar mascavo, é linda, me traz paz.
Mas não sou eu.
Não vou me forçar.
Eu sou eu, sem segundos nomes.
sem primero nome.
sem sobrenome, nem apelido, nem diminutivo,
sem definições
e ponto final.

Me descobri assim em relação a essa busca de criar nomes ao ver duas fotos, as últimas suas.
Realmente encantadoras.
suspirei... dei um sorriso
e voltei a correr com meu dia
muito feliz por sinal.
E agora, com uma chuvinha fina, escrevi.


( Você é essencial já ... )
Antes, depois... e agora.
Mas o depois é sempre o agora?
E agora nunca nunca nunca...

Quero ver o mundo.
Quero viver o mundo.
Quero ser o mundo.
Quero ter o mundo.
Presente bom!

O mundo que eu quero não está aqui.
Não é presente.
Então, é ausente?
mas ele existe.

Ah ! Presença é contráio de ausência.
São independentes?
Mas o que é presença, o que é ausência, o que é contrário?
O que eu estou fazendo aqui?


Tempos de cursinho...ahahah

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Bagunça resolvida na minha cabeça

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

P A Z

e coragem agora.

O de baixo, foi a maneira que eu encontrei de fazer meu trabalho final de uma disciplina da facul.
PGE II - motivação.
Tomare que o Lino goste da maneira que eu "poetizei" a matéria.

Castigo da culpa, culpa do castigo?

Pensar, desejar, motivar,
Decidir, agir , pensar.
A escolha é real, e sua realidade se abriga justamente na decisão.

Parada eu avisto o momento, de longe...
Bem de longe...
Caminhar ou não?
Um passo ou dois, três, quatro...?
Indagações. Dúvidas. Traição?
Quem trairia a si mesmo?
Todos.

Está perto, o grande encontro final da decisão está perto.
Está aqui.
Mas eu o quis ali.
Fugi.
Voltei, regredi
Evitei
Medo, insegurança, confusão.
Parado respirei.
Agora era a hora.
Ir, não ir
Tentar, ficar.
Tentei

Não queria ser justo, não queria precisar da moral
Não queria viver a moral.
Porém ela é forte. Bem mais que eu.
E por isso não consigui.
Parei antes de atingir meu ideal.

Ah! Como eu queria matar a moral, matar a razão, matar a sociedade
E viver. Só e com a minha vontade de ir.
Destruir a vontade de ficar.
E ficar livre dessa dualidade,
Dessas ações duvidosas, desse impasse,
dessa dúvida que me persegue, me corrói e me faz lembrar.

Reviver momentos, reviver loucuras.
Minhas escolhas já teriam sido feitas?
Como, onde, por quem, por quê?
Eu não me sinto bem com elas.
Não, não, não.
Por que as tais regras de boa convivência me castigam?
A culpa é toda delas por eu não conseguir chegar.
Não quero mais avistar.
Não quero ser punido.
Não quero evitar, esquecer, destruir a minha escolha.
Não quero nada além de uma motivação forte que castigue,
Que mate os culpados pela dúvida traiçoeira.
Não quero ser a culpada por castigar a razão,
Porque se assim for, eu me sentirei culpada por culpar idéias mas
Como a culpa do castigo, pode ser o castigo da culpa?

É um circulo, que gira, gira, gira... e não cessa.
Circulo vicioso.
Quero parar. Quero deixar de girar.
Quero meus pés na estrada reta que caminha.
Quero caminhar.

Desculpas. Retirar as culpas.
Viver.

Suco de pózinho

Preparado sólido sabor maracujá
Também acalma?
Só adicionar água, mexer bem para dissolver o pó,
adoçar a gosto ( com açucar mascavo?), acrescentar pedrinhas de gelo.
Está pronto um maravilhoso suco artificial.
A artificialidade está cada vez mais na mesa.
E fora dela
Infelizmente

Domingo...

Risos, contidos, escondidos.
Risos não por uma piada, por uma inutilidade
Risos por curiosidade.
como foi curioso conversar.
Ah! como foi...
sentir liberdade, necessidade de trocar palavras.
Palavras escritas, mas sinceras.
E a sinceridade sempre foi a sua parte mais pura.
Sua transparência ainda existe.
Sua transparência ainda mexe.
De uma forma muito diferente, mas com a mesma validade.
Cutucou uma ferida,
E clareou o que meu pensamento escondia de mim.
E fiquei curiosa.
Como, por que me tornei isso...
Será que sempre fui... e coo fazer pra não ser assim...
Interrogações.
fugas, como sempre.

E depois desse domingo, vou fugir de novo pra história da formiguinha e do elefantinho...
você me fez lembrá-la.

domingo, 9 de dezembro de 2007

De noite
De dia
sempre vem
O que se espera
No amanhecer
O sorrir, o cantar, o lembrar
o esquecer.
Sempre há o que esperar
oh! O que fazer?
O que querer?
O que ser?
Eis que vivo a pensar, em tornar o que realizar
Mas a vida é sempre assim
Um esperar...


Esse foi uma pessoa de EXTREMA importância que fez e acabou de me mostrar. Merece um espaço por inúmeras razões. Quem sabe um dia eu te mostre esse blog... enquanto isso, escondo de você que escrevo.

é?

É um retrocesso
E é uma necessidade.
Intrínseca
Nasce, mas na verdade já está aqui,
e o que é?
Não sei como isso se forma, como se constrói, qual o alicerce...
Há alicerces?
E que, o que, por que algumas pessoas podem e outras não?
Por que algumas se permitem.
Também quero me permitir.
Mas não depende só de mim,
Depende do que está em mim
Ir e nunca voltar..

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Quem é você que está sempre do lado de lá

Quem é o alguém que se esconde atrás de muitos muros?
Que comunica-se com janelas fechadas, portas trancadas;
Que não permite a entrada?
Tem consciência da visita, ou o filme está tão alto que não sente o barulho lá fora?
Quem é você que não se aproxima de verdade?
Que se esconde num mundo por razões desconhecidas?
Quem é que sabe as razões?
Procure-as dentro de você, certo alguém
ou você já as tem?
Qual o medo desse mundo que se aproxima ?
Quem é o alguém que fala em temporalidade?
Quem é o alguém que solta palavras pra eu juntar?
Quem é que não vê diferença entre escritos e som?
Alias, que são?
Quem é esse que parece o que não é e deixa de ser quando os olhos vêem?
Que trava a voz quando a pele estremece...
Que desaparece sem permitir uma melodia...
Que deixa um talvez?
Quem é esse tal de talvez?
O muro? os mil muros?
Quem? Quem? Quem?
Quem consegue ficar nessa confusão?Pra que querer ficar do lado de lá?

não tem título!

Queria escrever um poema,
Uma poesia sequer
Sem querer.
Queria que ela fluísse...
Nascesse, crescesse.. vivesse
Quem sabe
Flutue.
Morra.Mas nasça, cresça de novo em outro leitor, nas no mesmo papel.

Na época não existia um título..

Quando giramos num círculo,
Onde é mais prazeroso, centro, ou ser o objeto que gira no circulo?

Centro, cansa menos



Velho, mas atual

Dois

Dois caminhos
duas escolhas
duas pessoas
duas vidas?
Duas chances.
Sol e lua..
Branco e preto
Capital e interior
Luz, sombra
Homem e mulher
Dia
Noite
Paz agito amor ódio
Criança, idoso
Mestre e aluno
Paixão ?Duas gotas.

Seqüências

Parou, estendeu a perna direita e começou.
Andou, andou.
Pensou.
Coçou a cabeça também com a mão direita.
Por que?
Continuou
Andou andou
Apertou o passo,
Mais um pouco.. e mais e mais e mais , mais...
Correu
Correu.
Cansou
Parou.
Abaixou a cabeça. Ofegou.
Ofegou.
Levantou a cabeça.
Ofegou.
Pensou: falta pouco.
E realmente faltava.
Andou. Simplesmente andou
Chegou
Onde?Aonde queria: em casa.

minha vida

ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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e6juhd55....





Apenas 3 pessoas vão entender.
Essa inutilidade foi criada hoje, num momento de fome, de fuga, de crise existencial comunitária (?)
E o mais legal é que SURGIU, ACONTECEU... como Foucault explica Nietzsche em Microfísica do poder ?
ahahahahahahaahahahahahahahahahahahahahahaha

Festividade de alguéns

Alguém, quem, ninguém?
Preciso te convidar para uma festa.
Quero que convivas nela.
Mas tu escapas antes da anfitriã chegar.. sempre antes.
Ah, se tu um dia deixasses ela ver que fostes à festa
Acredito que ela te convenceria a ficar e nunca mais sair
Ser o último a ir embora, e,
muito provável, fechar a porta do salão.
E se fosse pra ir embora,
Que o fizestes na mesma hora que ela.
E se fosse pra ficar, que ficasses pra sempre.
Mas não existem festas eternas, eu pelo menos não acredito nelas.
E também acredito que posso pensar em outras festas enquanto estou numa festa.
Só acho triste e vazio formas de anfitriãs
Ah, se tu viesses a esta festa e ficasses até o final...As estrelas agradeceriam...

Indagação

Se presença não é ausência
Como o depois é sempre o agora?

E agora nunca nunca nunca...

sem título..

Palavras são signos.
Signos têm significado
Amor é palavra
Amor tem significado?

Então não é amor
Mas o que é amor?


Nossa, esse foi um dos mais mais antigos..

Escrever

Escrever porque sentir
Sentir porque pensar
Pensar porque viver
Viver porque gostar
Gostar porque alegrar

Alegrar porque escrever

o que..

Como quero ser: poetinha medíocre que não tem sono...
Consegue ler coisas curiosas, refleti-las...
E escrever..
Escreveeeeeeeer
Nas madrugadas..
Nas noites

Não precisar da convivência com o outro, não precisar do afeto, do toque...
E como meus pensamentos, viver

Não apenas existir

Árvores para mim eras todas iguais. Todas traziam a mesma sensação. Elas serviam apenas como sombra para que eu pudesse relaxar. Não reparava de modo significativo em suas folhas, frutas, flores, galhos, troncos e raízes.
Eram apenas partes de um ser do reino vegetal. A biologia me ensinou que elas eram seres vivos. Mas como esta não ensina tudo, esqueceu-se de me dizer que árvores podem trazer emoções, sentimentos e podem nos fazer pensar.
Aprendi isso com o tal do ipê amarelo. De uma maneira digamos que curiosa, fui enxerga-lo pela primeira vez. De início a palavra “ipê amarelo” soou estranho. Quis saber um pouco mais...e enquanto buscava informações surgiu um no meu caminho, pequeno, mas suficiente para aguçar ainda mais minha curiosidade. Ipê amarelo. Mesmo assim não dei ainda importância tamanha.
Ipês amarelos são as primeiras árvores a florescerem, e o fazem antes da primavera. Em agosto. A mitologia grega associou-os a deusa Perséfone, da fecundidade. Assim, ele é tido como árvore símbolo da fecundidade.
Mas há algum motivo pra eles serem tão belos? E que tipo de beleza eles possuem?Que tipo de sensação eles nos trazem?apenas sombra?
Na verdade, eles nem fazem tanta sombra assim.Suas copas são bem cheias, porém as inúmeras florezinhas fragéis amarelas deixam a luminosidade passar. Amarelas. Talvez a cor mais nobre, do ouro. Essa árvore lembra nobreza e, com isso, o sentimento mais “nobre”, amor. Seria essa árvore símbolo do amor?
Não acredito que existam formas de amor, mas maneiras diferentes das pessoas sentirem o amor. O ipê amarelo simboliza as pessoas que têm medo de amar. Têm medo do amor.
Talvez ele floresça antes de todas as árvores, ainda no outono, porque florescer junto das outras árvores pode ser mais difícil.Mais difícil porque existe uma competição também. Na primavera tudo é cor. No outono não. E é no fim dele que florescem os ipês amarelos. Destacam-se no meio da mata verde...verde, verde, amarelo, verde... verde...
A questão de não fazer sombra, e ter pequenas lacunas representa essa forma de agir, de esconder,de si mesmo inclusive, o tal sentimento.
Alguém pode amar e não saber, não perceber, e com isso não assumir. Não ser uma árvore igual as outras.
Todo mundo um dia vai amar, sim, clichê.Toda árvore vai florescer, mas aquela que floresce numa época separada das outras pode ter sua vantagem.
Escrever sozinha, não é a mesma coisa que escrever num lugar com pessoas ao seu redor.
Florescer sozinha, dá destaque. Dá emoção...
Pessoas que tem medo de amar, acabam se fechando...e quem sabe quando descobrirem-se amando não serão igual ao ipê amarelo.
Complexo traduzir todas as sensações que ele me trouxe, mas todas elas relacionam-se com essa característica de alguns seres humanos.
Primeiro fica-se boquiaberto...pasmo... confusão... aquele amarelo intenso, vivo... a cor te para, e faz perder-se no tempo olhando pra ela...confusão...e aí repara-se no tronco. Porque cargas d` água o tronco é mais escuro diante das demais árvores?Isso só realça mais o amarelo. O tronco sustenta e chama atenção. È claro, o tal sentimento nobre tem os pés no chão, diferente da paixão que é mais passageiro. Sim! O amor não passa. Ele fica. E o tronco vai estar lá, para quando a árvore quiser florescer, amar. E esse amor.. ah.. ele não precisa de duas pessoas pra florescer... quem ama, ama. Não ama porque é amado.
Um ipê amarelo florido pode estar sozinho, ou pode estar do lado de outro ipê amarelo florido.. mas a natureza nem sempre os coloca um do lado do outro. É, eles florescem antes... eles têm medo.

E agora só vejo arvores e ipês amarelos, uns mais floridos,outros ainda florescendo..
Deito embaixo deles...e...